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Maria era uma Virgem?

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Asher Intrater



O verdadeiro nome de Maria era Miriam. Tecnicamente, quando Maria deu à luz Yeshua (Jesus), ela não era uma virgem, mas uma virgem prometida em casamento. Na lei bíblica, há uma grande diferença. Miriam (Maria) era legalmente casada com Yoseph (Jose), mas eles ainda não tinham se juntado fisicamente. Se ela estivesse com outro homem nesse período, isso teria sido um caso de adultério exigindo a pena de morte (Deuteronômio 22.23-24).


Se um homem se deitar com uma virgem que não está prometida em casamento, ele deve pagar uma multa e se casar com ela (Deuteronômio 22.28-29).


Legalmente, de acordo com Deuteronômio 22, Maria não era apenas uma virgem, mas sim uma virgem prometida em casamento. Isto é importante por várias razões. Primeiro, tanto Maria quanto José tiveram que acreditar no poder sobrenatural de Deus para superar as circunstâncias que justificariam uma pena de morte.


Em segundo lugar, a profecia em Isaías sobre o nascimento do Messias usa um termo diferente de "virgem."


Isaias 7.14 – Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.

A palavra para “virgem” nesta passagem não é a palavra normal “betulah” mas uma palavra especial “alma”. A palavra alma é encontrada nas escrituras apenas 3 outras vezes.


Em Gênesis 24.43 “alma” é usado para Rebecca, alternadamente com “betulah” para uma virgem (verso 16).


Em Êxodo 2.8, a“alma” é Miriam, a irmã de Moisés. Ela também era virgem. Além disso, seu nome é uma pista profética da mãe do Messias, que seria “A alma”.


Em Provérbios 30.19, a “alma” refere-se à relação com um homem e, portanto, no sentido contextual poderia ser uma mulher casada. No entanto, é também uma parábola da misteriosa relação entre o Messias e a Igreja (Efésios 5.32).


Os opositores do evangelho que conhecem o hebraico bíblico afirmam que a passagem de Isaías 7 não se refere a Yeshua porque a mulher lá não é “betulah” mas “alma”.


No entanto, a profecia encaixa perfeitamente em Yeshua.


A Septuaginta, escrita por 70 rabinos, concluída em 132 aC (antes do nascimento de Yeshua), traduz “alma” de Isaías 7 para grego como “Parthenos”, que significa virgem.


Em Gênesis 24, alma significa virgem (Rebecca).


Em Êxodo 2, alma também significa virgem (Miriam).


Isaías 7 não poderia usar a palavra “betulah”, uma vez que precisava de uma palavra especial referindo-se a uma condição legal diferente. Não uma virgem normal, mas uma virgem prometida, isto é, simultaneamente: virgem e legalmente ligada a um homem.


Isaías 7 refere-se logicamente a uma virgem, uma vez que o nascimento é um sinal milagroso.


O filho de Isaías 7 tem que nascer sobrenaturalmente porque Ele também é "Deus conosco", El Immanu.


Três Genealogias


Há três genealogias concernentes a Yeshua. João 1 trata de Sua divindade. Lucas 3 trata de Seu nascimento físico através de Maria. Mateus 1 trata de Sua linhagem legal através do Rei Davi.


Mateus 1.20-21 – José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Yeshua; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

A obra do Espírito Santo era fazer com que a criança fosse concebida dentro de Maria. A obra de Maria era dar à luz o bebê. O trabalho de José era dar a ele o nome.


Todos os três eram necessários para a salvação. Yeshua tinha que ser de Deus para ser santo. Ele tinha que ter um corpo físico para fazer parte da raça humana. Ele tinha que ter a linhagem da aliança real de Davi para ter a autoridade do governo terreno.


Se Maria fosse simplesmente uma virgem (betulá), Yeshua não teria tido direitos legais sobre o trono de Davi. Se ela tivesse se casado com uma concepção normal, Yeshua não teria tido o poder divino para nos salvar. Assim, Deus inventou uma categoria na Torá - O Compromisso (equivalente ao noivado): um tempo de estar legalmente casado sem concepção. Ele fez isso para criar uma estrutura para uma oportunidade incomum. Miriam, não uma virgem, mas uma virgem prometida, deu à luz um Filho, que era espiritualmente Deus, fisicamente humano, e legalmente o herdeiro do reino. Para se encaixar nessa categoria,Ele usou uma palavra em diferente em hebraico: “alma”.


Tanto Maria quanto José eram da linhagem de Davi. Yeshua era um israelense nascido em Belém, circuncidado em Jerusalém, criado na Galiléia. Ele era de origem do Oriente Médio, provavelmente de pele morena, e observava os mandamentos da Torá.


Alguns de nosso povo zombam de nossa fé, dizendo que ninguém poderia nascer de uma virgem. Pergunto-lhes: Vocês crêem na Torá? Se assim for, você acredita na criação de Adão? Se sim, o que é mais difícil:criar um homem a partir do pó ou para fazer uma virgem para dar à luz?


Isaque nasceu sobrenaturalmente; assim como Sansão; assim como Samuel.Quanto mais esperaríamos que o Messias nascesse de origem sobrenatural?


Que tipo de Deus?


Deus se revelou à humanidade de uma forma que a humanidade poderia entender. Yeshua nasceu através do ventre de uma mulher.Que tipo de Deus faria isso? Deus quer estar perto de nós e ser nosso amigo. Qualquer pessoa ou religião que não vê Deus em Yeshua não pode entender plenamente o quanto Deus está comprometido com a intimidade e envolvimento em cada parte de nossas vidas.


O mesmo Deus-Homem que andou no Jardim do Éden e veio visitar Abraão em Mamre, nos amou tanto que nasceu neste mundo como um bebê humano. Ele se tornou como nós para que pudéssemos nos tornar como Ele. Nesse bebê reside a revelação final de Deus e o destino final do homem. No nascimento de Yeshua, o divino e o humano se uniram.

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